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Refluxo gastroesofágico pode ser agravado com excessos nas ceias do final de ano


Natal e réveillon são duas datas comemoradas tradicionalmente com muita comida e bebida. Simples ou requintadas, as ceias geralmente são preparadas com alimentos ricos em gorduras e carboidratos, tornando a refeição "pesada" para o aparelho digestivo. Segundo especialistas, o fato de comer em excesso pode agravar ou acarretar um distúrbio chamado refluxo gastroesofágico.

De acordo com a gastroenterologista Karla Oliveira Cimino, a doença também conhecida como refluxo, está associada com frequência à hérnia de hiato e esofagite erosiva. É na verdade, um conjunto de alterações que ocorre devido ao refluxo ou retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Estudo realizado pelo Datafolha Instituto de Pesquisas e pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, aponta que mais de 12% dos brasileiros, ou seja, cerca de 22 milhões de pessoas sofrem com a doença.

A permanência desse material refluído no esôfago, segundo a médica, causa irritação e sensações de queimação, azia e, algumas vezes, vômito. Alguns alimentos, como o café, chá preto, chá mate, chocolate, alimentos ácidos e bebidas gasosas, favorecem o aparecimento dos sintomas. "A incapacidade do esfíncter inferior do esôfago, uma válvula presente no esôfago distal, de reter o bolo alimentar ou líquidos do estômago, o excesso de peso, má alimentação e o fumo são fatores que também contribuem para a ocorrência do distúrbio", ressalta a médica Karla Cimino.

É importante esclarecer que os sintomas do refluxo não são restritos à azia e se manifestam de acordo com o órgão afetado. Quando o conteúdo gástrico atinge o esôfago é comum a sensação de queimação, podendo ocorrer também dor intensa no tórax. Já quando atinge a laringe, provoca inflamação acompanhada de tosse seca e/ou pigarro. O refluxo pode atingir ainda a garganta e a boca provocando mau hálito e mal estar, além de gengivite e desgaste do esmalte dos dentes.

Nos pacientes que sofrem de "refluxo", o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de exames complementares tais como a endoscopia digestiva alta e a pHmetria esofágica, entre outros. "Os pacientes são orientados a seguir algumas medidas que chamamos de comportamentais, como evitar alimentos que provocam refluxo, evitar deitar após as refeições aguardando pelo menos 120 minutos", orienta Karla. A inibição da secreção ácida constitui a base do tratamento clínico e a cirurgia também é uma opção que deve ser analisada pelo médico em conjunto com o paciente, sabendo-se que o resultado cirúrgico não é superior ao tratamento clínico na grande maioria dos casos, principalmente aqueles com doença de leve intensidade.

E quanto aos excessos de final de ano? Para prevenir-se e escapar das armadilhas das ceias de Natal e Réveillon, é importante comer moderadamente e dar preferência a alimentos naturais, evitando produtos industrializados e com alto teor de gordura. Mudanças nos hábitos alimentares dos pacientes são necessárias para o tratamento do refluxo que, por ser um distúrbio crônico, não possui cura definitiva. Porém, se não tratada corretamente, a doença pode acarretar graves problemas no aparelho digestivo, entre eles o câncer do esôfago.

Dicas para minimizar ou resolver o problema:

· Não passe grandes períodos sem se alimentar. Coma algo leve a cada duas ou três horas.

· Nas principais refeições (almoço e jantar) evite tomar líquidos e não coma demasiadamente.

· Evite alimentos gordurosos, café, chocolate, molho de tomate, pimenta, chá preto,mate, hortelã, anis, menta, refrigerantes a base de cola e guaraná, bebidas gasosas e álcool (principalmente à noite).

· Não utilize formulações caseiras ditas como mágicas ou milagrosas mesmo que sejam fornecidas pela mais confiável das vovós, comadres ou amigas, pois podem agravar o seu caso.

· Evite bebidas muito quentes e também muito geladas.

· Pare de fumar e não permita que fumem perto de você.

· Não deite logo após comer e tão pouco ataque a geladeira à noite. Dê um intervalo mínimo de duas horas entre a última refeição e o sono.

· Eleve a cabeceira da cama gradativamente até chegar a aproximadamente 15 centímetrosde altura.

· Faça alguma atividade física para melhorar o tônus de sua musculatura, corrigir desvios posturais, adequar seu peso à sua altura e perder aqueles quilinhos a mais, principalmente na região da barriga.

· Diminua seu nível de estresse. Não deixe de tirar férias, mesmo que sejam curtas, pelo menos uma vez por ano. Seu corpo e mente irão agradecer.

· Durma bem e repouse o seu organismo, assim como uma máquina, nós também precisamos recarregar as baterias.

· Procure um gastroenterologista para avaliar, descartar ou tratar possíveis problemas como esofagite, gastrite, úlcera, hérnia de hiato etc.




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